O SINDJUSTIÇA requereu também ao MP-GO que apure junto à Sefaz-GO o atraso no repasse, à instituições financeiras, de valores descontados dos servidores do TJGO para pagamento de empréstimos consignados. Na semana passada, o sindicato acionou a Presidência do Tribunal para buscar a solução dessa falha com a Secretaria de Estado da Fazenda. Em razão do problema, os trabalhadores têm recebido cobranças indevidas de bancos, por telefone e correspondência.
Através do ofício nº 70/2016, direcionado ao Ministério Público do Estado de Goiás, o SINDJUSTIÇA relata que os servidores em questão sofrem ameaças constantes de inclusão de seus nomes em órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa. De acordo com o documento, o sindicato requer que se “proceda à apuração perante a Sefaz-GO sobre o que está sendo denunciado, a fim de que se evite constrangimentos, bem como prejuízos aos servidores, não só do Poder Judiciário, mas de todos os servidores públicos do Estado de Goiás”.
A inconsistência no repasse dos empréstimos consignados agrava a situação dos servidores da Justiça, que já enfrentam um longo período de 12 anos sem reajuste efetivo. A categoria é prejudicada também por seguidas revisões gerais anuais – as chamadas datas-bases – com índices praticados abaixo da inflação apurada no período, como em 2014 e 2015.