reivindicações de reajuste salarial acumulado for atendida
Ketllyn
Fernandes de Deus
Servidores do TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás)
permanecem em greve “por tempo indeterminado, ressaltou ao Jornal
Opção a presidente do Sindjustiça (Sindicato dos Servidores e
Serventuários da Justiça do Estado de Goiás) Rosângela Ramos Alencar. Ela
reiterou que somente quando as reivindicações forem atendidas é que os
funcionários voltarão aos seus postos.
Foi enviado na tarde desta
quinta-feira, 22, pelo presidente da OAB-GO (Ordem dos Advogados do Brasil em
Goiás), Henrique Tibúrcio, ofício ao presidente do TJ-GO, desembargador Vitor
Lenza, solicitando a suspensão dos prazos processuais em virtude da greve dos
servidores da Justiça estadual, tendo declarado assim apoio à manifestação. “O
objetivo do ofício é atenuar prejuízos e transtornos, declarou
Tibúrcio.
Nesta sexta-feira, 23, a paralisação completa três dias, com um
aspecto relevante: “força total em todo Estado, comemora Rosângela. No dia 20, quando teve inicio
a manifestação, a assessoria de
imprensa do TJ-GO disse que na Capital a greve praticamente não seria sentida,
“chegando a passar despercebida pela população. Isso aconteceu em outras
ocasiões, segundo informações do Sindjustiça, devido à aderência maior às
paralisações se darem no interior, onde os servidores param 100% os atendimentos
quando convocados pelo sindicato.
Rosângela Ramos informou que até o
momento não houve nenhum retorno oficial por parte do Tribunal, “apenas
conversas informais com a administração do órgão, frisa a presidente. Para ela,
o reajuste proposto, de 8,08%, que inclusive é um projeto de lei que tramita há
cinco meses na Assembleia Legislativa, é apenas a data base, ou seja,
corresponde à inflação do ano. “Este é um direito garantido pela Constituição
brasileira, não passa de uma obrigação, destaca.
A classe reivindica
pelas perdas salariais acumuladas, que somam 82,30%. Atualmente, os servidores
da Justiça de Goiás são os que recebem os menores vencimentos do País, uma média
de R$ 1.500, isso se dá, explica Rosângela Ramos, por falhas administrativas,
que não incluem os servidores no orçamento do órgão. “É priorizado pelo
TJ-GO os grandes projetos, como por exemplo, mais vagas para magistrados, cargos
comissionados e funções comissionadas. Tudo isso entra no orçamento sem que os
servidores sejam contemplados, lamenta.
Estão em
greve no TJ-GO:
Escrivães, escreventes, oficiais de justiça, contadores,
porteiros de auditórios, técnicos judiciários, auxiliares judiciários entre
outras funções.
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