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NOTA DE DESAGRAVO PÚBLICO EM DEFESA DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO EM GOIÁS

O SINDJUSTIÇA vem a público desagravar a categoria dos Servidores do Poder Judiciário de Goiás, que foram flagrantemente desrespeitados e ofendidos em manifestação do Diretor Judiciário do Tribunal de Justiça de Goiás, Divino Pinheiro Lemes, no Proad 202108000288725 (que trata, em linhas gerais, da TLP e sistema de relotação).

Ao se referir aos Servidores do Poder Judiciário goiano, o citado diretor dá provas de que desconhece por completo a realidade destes. Mais que isso: desrespeita sua histórica e reconhecida trajetória de excelentes serviços prestados à Justiça de Goiás.

De fato, senhor Diretor, o capital humano é o bem mais valioso que uma instituição, empresa, entidade, órgão público pode ter. Entretanto, sejamos justos: em se tratando de TJGO, esse capital humano é valioso, porém não é valorizado como deveria.

Comprovando, de fato, não conhecer os resultados apresentados pelos Servidores do Judiciário em nosso Estado, que são reconhecidos pelo CNJ como uns dos mais produtivos do País, o Diretor se refere a estes como desmotivados; sem capacidade técnica adequada para desempenhar suas funções; descumpridores de horários e metas; e até mesmo falhos no atendimento ao jurisdicionado.

Ora, Diretor: se há falhas detectadas na capacitação de Servidores, é porque esta não foi aplicada de forma adequada anteriormente, devendo a situação ser corrigida pela gestão de pessoas do Tribunal de Justiça, sobre quem recai essa responsabilidade. 

Sim, senhor Diretor, há desmotivação e descontentamento no interior do Tribunal de Justiça de Goiás e eles não são difíceis de entender! Em que pese sermos altamente produtivos, com quebra de recordes ano após ano, a realidade remuneratória, por aqui, caminha em direção contrária. Os Servidores do TJGO são os mais mal remunerados do Brasil, segundo levantamento do Dieese divulgado em janeiro desse ano. Além disso, o acesso a gratificações, especialmente pelos Servidores do 1º Grau e do Interior, é infinitamente mais restrito que no âmbito administrativo, o que acaba por achatar ainda mais seus vencimentos. De fato, isso é bastante desmotivador!

A pressão voltada tão somente para a produtividade precisa ser repensada. Uma prestação jurisdicional bem executada necessita de Servidores valorizados, remunerados de forma justa pelo trabalho que executam e com a saúde mental e física em dia. A realidade, no entanto, é bem diferente dessa: o que temos são Servidores exauridos por cobranças, exigências e sobrecarga de trabalho.

Talvez o senhor desconheça, Diretor, mas os resultados da 2ª pesquisa sobre o Diagnóstico da Saúde Mental nos Tribunais, realizada pelo CNJ e divulgada em fevereiro desse ano, retratou uma massa de Servidores com “sintomas de estresse e esgotamento, sensação de cansaço extremo, taquicardia e pressão no peito”, consequências da realidade descrita acima.

O SINDJUSTIÇA, que luta incansavelmente pela valorização e respeito irrestritos aos Servidores do Judiciário, desagrava, portanto, toda a categoria pelo julgamento precoce e desumano demonstrado pelo Diretor Judiciário em sua manifestação e exige o mais absoluto respeito por aqueles que, mesmo desvalorizados, têm colocado o TJGO em destaque nacionalmente na estatística de produtividade da Justiça brasileira.

Fabrício Duarte
Presidente do SINDJUSTIÇA


Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA | Ampli Comunicação
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