A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

Noticias | Informe-se

“Foi um trabalho de diálogo, respeito e de conquistas”, diz Rosângela Alencar após aposentadoria

rosangela alencar

Rosângela Alencar: “O trabalho de luta pelo servidor da Justiça continua. Me aposentei do serviço público, mas não das lutas em defesa dos trabalhadores”

Presidente do SINDJUSTIÇA se despede do serviço no Judiciário após carreira de 33 anos

O dia 22 de janeiro de 2014 marca nos anais do Poder Judiciário goiano a conclusão de uma história de luta, renúncia e dedicação. Em 33 anos de trabalho incansável, milhares de atos judiciais passaram pelas mãos e olhares atentos de uma servidora de fala cadenciada, jeito simples, figura querida na sede do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). E foi pelo Decreto Judiciário de nº 168/2014 que a auxiliar judiciário e presidente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA)Rosângela Ramos de Alencar, teve a aposentadoria concedida nesta quarta-feira (22). A sindicalista se despede do efetivo do Judiciário, mas garante: “O trabalho de luta pelo servidor da Justiça continua. Me aposentei do serviço público, mas não das lutas em defesa dos trabalhadores”.

O documento assinado pelo presidente do TJGO, desembargador Ney Teles de Paula, encerrou a carreira de Rosângela no Tribunal estadual. Foram mais de três décadas no serviço público goiano, desde aquela segunda-feira, dia 17 de março de 1980, quando Rosângela cumpriu o primeiro expediente no TJGO, aos 21 anos, na então 10ª Vara Criminal de Goiânia. Mas foi na Central de Mandados, também na capital, onde a presidente do SINDJUSTIÇA trabalhou a maior parte da carreira, em 22 anos no cargo de auxiliar judiciário. Formada em Direito, a filha do casal Maria Cristina Ramos de Alencar e Antônio Ibiapino de Alencar nunca deixou de lado os ensinamentos do pai, trabalhador da construção civil. Ao longo de sua, passou da infância modesta nas vielas estreitas do Setor Sul, em Goiânia, ao respeito das principais autoridades do Estado.

Ainda nos primeiros anos no TJGO, Rosângela já contribuía e testemunhava o desenvolvimento do Judiciário goiano. “O sentimento é de dever cumprido. Hoje, eu vejo o Judiciário bem diferente de quando eu entrei, em 1980. Naquela época, o Judiciário era uma criança, praticamente. Eu acompanhei esse crescimento, contribuí muito com a implantação de novas diretorias, com a estrutura e o desenvolvimento do Poder Judiciário. Saio feliz e acredito em melhorias que virão não só para o servidor, mas para o usuário da Justiça também”, descreve.

Engajada, Rosângela foi eleita pelos colegas em 2008 para o primeiro mandato de uma mulher à frente do SINDJUSTIÇA. “Considero como ponto alto da minha carreira o fato de eu ter ido para o sindicato e trazido, ao SINDJUSTIÇA, as dificuldades que os servidores encontravam. Servidor não tinha carreira. Com muita luta e empenho, conquistamos a unificação dos servidores da capital e do interior. O próprio Judiciário sente essa mudança, que vem contribuir muito com a situação da Justiça em Goiás”, lembra.

O trabalho no TJGO rendeu a Rosângela experiências até mesmo de quebra de paradigmas, como o processo de informatização do Judiciário. “Um momento de grande dificuldade foi quando o Judiciário passou a se informatizar, a tornar tudo eletrônico. Foi uma novidade grande, mas que nos ajudou e agilizou muito o nosso trabalho”, comenta Rosângela.

Balanço e sucessão

No comando do SINDJUSTIÇA há seis anos, Rosângela terá a administração sucedida pelo atual vice-presidente do sindicato, Fábio Pereira de Queiroz. O representante sindical toma posse no próximo dia 7 de fevereiro. “Aprendi muito nesse tempo. Nós mudamos a postura do nosso sindicato, que passou a ser a de ouvir, participar da administração e trazer o que de melhor nós poderíamos proporcionar ao servidor. Foi um trabalho de diálogo, respeito e de conquistas. Conquistamos muitos benefícios, melhorias de salário, auxílio-alimentação e data-base rigorosamente em dia”, pondera Rosângela.

A servidora completa e diz que “o sindicato, hoje, trabalha pelo direito dos servidores. Trabalhamos em combate ao assédio moral. Inclusive a Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) auxiliou e tem auxiliado muito o SINDJUSTIÇA nesta questão. Eu me aposentei no trabalho no Judiciário, mas continuo nas lutas com o SINDJUSTIÇA, que não param por aqui”, esclarece.

Avanços

“O sindicato, hoje, é aberto ao diálogo. Ele busca os servidores para dentro dele. O SINDJUSTIÇA já discutiu com magistrado as dificuldades dos servidores. Esse diálogo nos trouxe proximidade com a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). Nós tivemos um apoio muito importante, também, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), além de acesso ao governador Marconi Perillo”, argumenta Rosângela.

Lutas

“Hoje nós estamos trabalhando junto com o Fábio. Queremos salário melhor para os servidores, com a diminuição no número de gratificações, pois não há necessidade de se ter tantas gratificações como acontece hoje. Salário sim, gratificação não! Seguimos em busca, também, do auxílio-transporte, auxílio-creche e data-base. O salário melhor é a nossa maior bandeira. Somos contra o excesso de gratificações e contra o assédio moral. Isso é constante. O SINDJUSTIÇA vai permanecer nessa luta e eu também”, conclui.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA. Foto: Aline Caetano


Wildcard SSL Certificates