A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

Noticias | Sem categoria

ARTIGO: que se faça justiça aos servidores do judiciário de goiás – alex neder, advogado

Lamentavelmente, os servidores da Justiça do Estado de Goiás
encontram-se em greve desde o mês de setembro, buscando reivindicações
justas para a categoria, que estão asseguradas por lei e,
consequentemente, devidas também suas implementações pelo Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás.



Os servidores são os braços e as pernas da estrutura do Poder
Judiciário, não adianta somente os juízes terem uma remuneração digna,
se a estrutura se encontra desamparada com salários defasados, o que
retira do servidor as condições básicas e elementares de trabalhar e
produzir, contribuindo efetivamente para a celeridade e realização de
uma boa prestação jurisdicional em todo o Estado de Goiás.



O Sindjustiça, sindicato que representa os servidores da Justiça do
Estado de Goiás, endereçou ao presidente do Tribunal de Justiça justas
reinvindicações, antes de haver a paralização da classe. Infelizmente,
não se tem noticia de medidas eficazes para resolução das questões
críticas pelas quais passam os servidores da Justiça, ficando,
naturalmente, os advogados e toda sociedade prejudicada pela
paralização.



Embora na condição de advogado atuante esteja sofrendo os reflexos do
movimento paredista, não posso, como muitos colegas, deixar de
reconhecer a legitimidade e razão do movimento que busca dignidade
salarial, pois os servidores estão vivendo uma verdadeira calamidade de
déficit salarial que chega ao patamar de 82,30% (oitenta e dois vírgula
trinta por cento), fato comprovado por estudos feitos pelo Dieese.



No expediente endereçado ao presidente do Tribunal de Justiça pela
presidente do Sindjustiça, Sra. Rosângela Alencar, faz parte das
reinvindicações previstas em lei e não cumpridas em acordo realizado a
implementação de auxílios transporte, creche, saúde, necessidades
elementares para a sobrevivência dos funcionários e seus familiares.


Os ofícios de justiça, quando não conseguem êxito nas diligências,
custeiam, como seu próprio e minguado salário e seu veículo, quando têm,
a nova diligência, até que os mandados sejam cumpridos, não contando
com o devido apoio material e financeiro.



Além de os salários estarem defasados e os funcionários desassistidos, a
reclamação geral dos servidores é que a situação tornou-se
insustentável e é preciso que o presidente do Tribunal se posicione,
dialogue com a categoria e se empenhe mais, muito mais para resolver a
questão que está caótica.



Onde estão os vereadores e deputados que não estão dando apoio aos
servidores da Justiça, buscando solucionar problema tão grave, posto que
os servidores prestam serviço essencial e indispensável á sociedade?



Os servidores mostram, dentre suas reivindicações, que no Estado do
Tocantins, que é muito mais novo que o nosso, os salários e condições
estruturais dos servidores são muito melhores que em Goiás. Se formos
compara com Brasília, então, nem se fala.



Talvez a sociedade não saiba, mas com o déficit salarial que estamos
vivendo em Goiás, quando um servidor se aposenta no final de carreira,
depois de dedicar os melhores anos de sua existência à instituição, ele
recebe em média 10% (dez por cento) dos salários dos magistrados,
diferentes do que ocorre em outros Estados da Federação, em que a média
que um servidor recebe em final de carreira é de 50% (cinquenta) por
cento do salário de um magistrado.



É muito justo que os juízes tenham salários dignos, compatíveis com suas
funções judicantes, mas com os servidores que cumprem as decisões dos
juízes do Tribunal não pode ser diferente. A dignidade salarial deve ser
para todos. Caso contrário, quem perde, além dos sofridos servidores, é
toda a sociedade que precisa de uma justiça ativa e célere para a
efetiva prestação jurisdicional!



Não possuo nenhum interesse político, jamais fui filiado a qualquer
partido político e nem mesmo participo da política classista, mas, no
que posso, apoio minha instituição em todas as questões que são justas
para a classe e para o jurisdicionado. Minha indignação nasce de ver em
Goiás pessoas com as quais convívio há vários anos no dia a dia forense
estarem sofrendo, injustamente, do lado de dentro das portas da Justiça!



Fonte: Diário da Manhã (11.10.2011 – Pág.01, Opinião Pública)

………………………………….

Normal
0

21

false
false
false

PT-BR
X-NONE
X-NONE

/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:”Tabela normal”;
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:””;
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:auto;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:0cm;
mso-para-margin-left:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
line-height:150%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:”Calibri”,”sans-serif”;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:”Times New Roman”;
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}

Comentários: Jesus Divino

Republico
aqui o artigo do advogado Alex Neder para prestar a minha solidariedade a
esta categoria profissional.

E alguém
pode até pensar que este post está em desacordo com a finalidade deste blog,
que é discutir previdência, mas pode ficar tranquilo que está dentro do escopo.

Vejam
que aposentadoria é salário diferido, ou seja, o salário do futuro. Por
esta categoria estar sem salário digno no presente,
não terão aposentadoria com um mínimo de dignidade no futuro
ou mesmo agora, pois muitos deles se aposentam por invalidez e
podem receber somente um salário mínimo.

É
isso mesmo, as aposentadorias por invalidez dos servidores públicos é
proporcional ao tempo de contribuição. Tem algumas exceções em que elas são
integrais, mas tanto a integralidade como a proporcionalidade é da
média das contribuições. E quando o valor da média é maior que o
último vencimento, exatamente por conta dos achatamentos salariais, eles
também não podem receber a integralidade da média, pois esta é limitada ao
último vencimento do cargo efetivo.

Além
disso, esta é uma categoria com um altíssimo índice de aposentadoria
por invalidez, e não é por maracutaia, é por adoecimento mesmo, o índice
de LER/DORT entre eles é muito grande, pois as condições ergonômicas
costumam ser horrorosas.

Mas
o que mais atormenta esta categoria são as doenças neurológicas,
pois o nível de tensão, opressão e de assédio moral nesta categoria
“é uma coisa de louco” e não deixa nada a dever a nenhuma outra
categoria.

Imagine
você, trabalhar num local onde a maioria dos chefes são juízes,
e alguns deles têm a convicção que é Deus (mas comporta como um
demônio), e muitos dos chefes que não são juízes são “assim” com
estes.

E
para complicar ainda mais a vida destes trabalhadores, as
remoções/transferências de local de trabalho é algo muito difícil, ou
melhor, praticamente impossível.


Wildcard SSL Certificates