A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

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GREVE: sem propostas servidores da justiça caminham para mais uma semana de greve geral

Passados
cinco dias de greve geral no Judiciário de Goiás, os servidores iniciam mais
uma semana sem que a administração do tribunal de justiça tenha manifestado
oficialmente ao comando de greve sobre a apresentação de uma proposta razoável,
aceitável e acima de tudo exequível aos trabalhadores.



Na semana passada, cerca de 50 servidores de comarcas da região norte estiveram
em Mara Rosa na solenidade de inauguração onde vestindo a camisa da campanha,
com adesivos e faixas (foto abaixo) conseguiram uma reunião com o presidente do
Tribunal de Justiça conforme relato abaixo transcrito da Delegada Sindical de
Minaçu.



Na quarta feira (28) haverá uma grande marcha
dos trabalhadores da justiça pela retomada da
dignidade salarial perdida, pelas ruas que ligam o tribunal ao palácio do
governo e à assembleia legislativa. Participe de mais esta atividade de luta
dos servidores ruma a uma conquista. (comunicação sindjustiça – norval barbosa)

INFORMATIVO: 26 Set 2011

…………………………………………………………..


RELATÓRIO SOBRE A VISITA A MARA ROSA-GOIÁS, NO DIA 23 DE
SETEMBRO DE 2011.

Tentarei
através deste relato, expressar um pouquinho do que aconteceu na visita dos
grevistas, como assim quiseram chamar, das comarcas do norte goiano, à cidade
de Mara Rosa-Goiás, por ocasião da inauguração do novo prédio do Fórum daquela
comarca.

Quando
recebi a ligação do Amarildo de Uruaçu-Goiás, convidando para nos reunirmos em
Mara Rosa, para juntos manifestarmos, já que o Presidente do TJ/GO lá estaria
meu coração se encheu de alegria e esperança e sem pestanejar, repassei o
convite aos meus colegas que também se alegraram e se animaram para vivenciar
este momento.

Ao
chegarmos, já podíamos sentir a emoção. Fui tomada de um certo nervosismo, pois
comecei a sentir que algo diferente poderia acontecer. Na verdade, não tínhamos
idéia do que de fato poderia acontecer. Os servidores que ali foram chegando
vestindo suas “tão temidas camisetas vermelhas”, que se destacavam em meio a
uma série de outros roupas sociais,  vestidos,
ternos e gravatas. Vestíamos,  como quem
se veste para a luta. Não tivemos tempo para nos reunirmos antecipadamente para
programar alguma coisa. Só sabíamos que iríamos apresentar nossas faixas, com
os dizeres ESTAMOS EM GREVE e outra falando sobre as altas taxas judiciárias em
contrapartida ao menor salário do Brasil.

O
fato é que desta feita, o Presidente do TJ/GO não terá como negar que os
servidores da justiça do Estado estão em greve, as faixas eram nítidas e
durante toda a solenidade, os servidores permaneceram em pé com as faixas
erguidas na parte final do auditório, que é relativamente pequeno, e com
certeza, embora não tenha conseguido captar o momento em que o Presidente tenha
lido as faixas, ele com certeza as leu…realmente estavam estampadas na cara.

Tivemos
duas falas importantíssimas, a de um advogado que não sei dizer agora o nome,
porque ao que me parece é de Uruaçu (neste caso, o Amarildo, servidor daquela
comarca poderá informar melhor), que disse categoricamente que “não adianta ter
grandes edificações, se não se tem servidor bem remunerado”…. e a outra foi
do representante da Asmego, Dr. Gilmar Coelho, que enfatizou ainda que de forma
sutil, as reivindicações dos servidores.

Entretanto,
o Senhor Presidente ao se pronunciar não fez sequer menção ao movimento
pacífico instalado naquele auditório… em outras palavras, foi como se não
estivéssemos ali, como se aquelas faixas nunca tivessem sido levantadas.

Tendo
findado as solenidades e após termos tirado a foto oficial do evento, fomos
informados que o Presidente nos receberia. De repente, um dos colegas me
encorajou a falar com o assessor do Desembargador Lenza, solicitando a ele que
intercedesse a nós, no sentido  de
perguntar se este poderia conversar conosco por um instante.

O
assessor por sua vez, falou com o Presidente e este já se voltou, mais
precisamente em minha direção e falou: “é o aumento?” Eu respondi, “na verdade
é sobre a Greve”. Ele perguntou quem era o líder e sem pestanejar, dei dois
tapinhas no peito do Amarildo e disse: “é ele!”…. rsss… naquele momento ele
foi condecorado líder daquele movimento!

Não
conseguirei reproduzir todas as palavras do presidente, mas tentarei expor as
que mais se destacaram. Com certeza, outros colegas, que estavam próximos
também poderão dar outras riquezas de detalhes do diálogo que se instalou ali
mesmo no hall de entrada do novo Fórum de Mara Rosa. Dentre elas, ele foi logo
informando que não será possível dar os 80% de aumento e que esta discussão
deveria ser levada ao Governador, porque não depende dele. Que não adianta dar
um “aumento” desta natureza neste mês, se no próximo, ele não terá condições de
arcar com o compromisso.

Disse
também que na próxima semana, uma proposta deverá ser encaminhada. Que ele está
fazendo algumas concessões, uma vez que abriu mão de alguns projetos que ele
considerava importante, tais como: “os projetos do juiz leigo e conciliador ”…
mas que mesmo com esta concessão, o aumento seria quase insignificante, cerca
de 0,03%. Deixou claro também que não gostou da fala do representante da
OAB-GO, durante as solenidades da inauguração, enfatizando que ele não conhece
a realidade.

Enfatizou
também que os servidores se precipitaram em deflagrar a greve e, neste momento,
pude dizer a ele com todas as letras, que isto somente aconteceu, porque no
último dia 14, estávamos todos reunidos em Goiânia em assembleia geral, éramos quase
50 comarcas, esperando por uma proposta do TJ/GO e nada foi apresentado.
Enfatizei que houve uma frustração geral por parte da categoria, que não viu
outro caminho a ser tomado, a não ser a greve. Neste momento, ele rebateu
dizendo que se não tivesse uma proposta decente para nos apresentar, não iria
lá para apresentar qualquer coisa.

Afirmei
que o nosso desejo é o de retornar às nossas atividades normais, afinal amamos
o que fazemos. De forma meio ríspida, ele disse que isto eu nem precisava
dizer, uma vez que todos nós que estamos no judiciário é porque gostamos do que
fazemos. Outro colega, interpelou dizendo que ele por exemplo,  já tinha 23 anos de casa e ele disse: “seja
bem vindo, eu já tenho quatro décadas”…

Ele
reconheceu que a greve é um direito nosso. Que ele próprio já fez greve e que
muita coisa ele somente conseguiu com greve. Entretanto, já está preparando um
memorando no sentido de determinar o corte de pontos. Aleguei que estamos
apenas exercendo nosso direito constitucional de fazer greve, respeitando
inclusive, o mínimo de 30%, realizando o mínimo necessário e ele respondeu
dizendo que “é direito nosso fazer greve e dele como administrador, de cortar
pontos”.

Ainda,
indaguei: “Mas Presidente, e o leite das crianças? O salário já está em
baixa…”! Ele respondeu com um rápido sorriso, tendo aparentemente achado
engraçado o apelo e ato contínuo, já foi interpelado por outro servidor da
comarca de Uruaçu-Goiás, que de forma bem legalista, o indagou a respeito da
Lei que regulamenta a greve….ele meio que deu de ombros e continuou afirmando
“vou cortar e depois a gente vê…”

Apesar
de não termos captado nada de concreto, ainda assim, avaliamos como positivo
tudo o que ocorreu, inclusive, este encontro que foi publicado no site do
próprio do TJ/GO, intitulado como “Lenza recebe grevistas do Judiciário em Mara
Rosa”….perfeito….grande reconhecimento. Realmente estamos em greve.

Para
finalizar, ressalto que estiveram presentes vestindo a camiseta da greve ou
adesivados os representantes das seguintes comarcas: MINAÇU (que aliás foi
esquecida na publicação da matéria no site do TJ/GO, mas não tem problema não,
sabemos que estivemos presentes), URUAÇU (responsáveis pelo movimento e que
compareceram em grande massa…nossos parabéns), GOIANÉSIA, CAMPINORTE, FORMOSO
e RIALMA.

Os
servidores da comarca de MARA ROSA, não vestiram a camiseta, por se tratar da
inauguração do Fórum e usaram outro uniforme, 
mas acenaram de forma positiva ao movimento.  Foi registrada também a presença de
servidores da Comarca de ESTRELA DO NORTE.

Por
fim, continuaremos a nossa luta aqui. Vejo como positivo estes movimentos.
Assim como foi feito no entorno de Brasília, agora no norte de Goiás e assim,
todos deveriam proceder sempre que tivessem notícias do paradeiro do Presidente
do TJ/Go, onde quer que ele aparecesse lá estaria um pouco de nós para
demonstrar e não deixá-lo esquecer que ESTAMOS EM GREVE e que clamamos por respostas
imediatas, sob pena de termos ainda mais comprometidos o nosso próprio sustento
e o de nossas famílias!

Um
grande abraço à todos e segue em anexo, fotos dos momentos vividos neste
encontro de servidores grevistas, na cidade de Mara Rosa-Go.

Fiquem
a vontade para a utilização deste, bem como parte dele ou até mesmo, poderão
vocês aguardar relatos de outros servidores que ali compareceram para fins de
confrontação, porque como tudo aconteceu muito rápido, de repente deixei de
perceber algum detalhe importante ou coisa semelhante.

Coloco-me
ao dispor também para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente,

ANDREIA
NUNES DE LIMA LOPES

Escrivã
Judicial e

Delegada
Sindical da Comarca de Minaçu-Goiás.

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