Cada dia fica mais claro para os trabalhadores da justiça e do ministério público a ingerência do governo estadual junto a assembleia legislativa para que não vote os projetos de concessão das revisões gerais anuais dos dois órgãos, referente ao ano 2010, com índices de 8,08% para os servidores da justiça e 6,36% para os servidores do ministério público.
A coluna “Giro” do jornal O Popular de hoje (abaixo transcrita) traz a notícia que já foi veiculada anteriormente, inclusive pelo Sindjustiça quando da audiência com o Secretário de Planejamento e Gestão Giuseppe Vecci no dia 25 de maio passado (veja aqui) em que informou aos sindicalistas do Fórum de Servidores, em audiência, que o Governador vetou a reposição dos servidores da assembleia legislativa e iria vetar também a concessão da data-base aos servidores do Tribunal de Justiça e do Ministério Público caso fosse aprovadas no legislativo.
“A condição salarial dos servidores da justiça já é motivo suficiente para o movimento crescente de paralisação em todo o Estado e agora ainda mais esta facada nas costas dos trabalhadores?“, surpreendeu-se Rosângela Alencar, presidente do Sindjustiça que sentenciou: “se o tribunal, de um lado não cumpre a lei, o governo estadual de outro descumpre agindo politicamente, será impossível evitar que utilizemos como último recurso a aprovação de um greve geral no judiciário a partir da próxima assembleia”.
Diante dos fatos postos e esperando que nos próximos dias se obtenha melhores definições do quadro geral, o Sindjustiça convoca uma assembleia geral para o dia 24 de agosto (e não dia 17 conforme divulgado anteriormente) para que os trabalhadores deliberem sobre a continuidade da luta em prol da reposição das perdas salariais; pela revisão geral do PCS com pagamento dos benefícios e agora também pela revisão geral anual (data base) enviada a assembleia legislativa em março e que até a presente data sequer foi lida. (comunicação sindjustiça – norval barbosa)
INFORMATIVO: 11 Ago 2011
ASSEMBLEIA GERAL DOS TRABALHADORES DA JUSTIÇA
DIA 24 DE AGOSTO ÀS 13 HORAS NO FÓRUM CENTRAL
PAUTA: REPOSIÇÃO DAS PERDAS; REVISÃO DO PCS;
REVISÃO ANUAL (DATA BASE) e OUTROS ASSUNTOS
* Filiados do interior terão ajuda de combustível para veículos com no mínimo três servidores
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A base do governador Marconi Perillo (PSDB) na Assembleia deve ganhar missão de segurar a votação dos projetos que concedem reajuste salarial acima de 6% aos servidores do Tribunal de Justiça e do Ministério Público. O governo descarta reajuste para os servidores estaduais acima de 1,68% e teme que, se a Assembleia aprovar os do TJ e do MP, ficará sem argumentos com as demais categorias do Estado. Na terça-feira representantes dos servidores vão propor reajuste parcelado de 6,4%. O governo vai resistir. As despesas do Estado com a folha de pagamento e encargos alcançou, segundo relatório da Sefaz, 68,6% da receita líquida no primeiro semestre deste ano. Os deputados da situação já preveem novo embate depois da queda-de-braço entre Estado e TJ em torno da partilha dos recursos do Fundo Judiciário. O presidente do Tribunal, Vítor Lenza, deve ir hoje à Assembleia.
