TJGO instala Observatório de Feminicídio e SINDJUSTIÇA reforça compromisso no enfrentamento à violência contra a mulher

Goiás já registrou, apenas nos primeiros meses de 2025, o ingresso de mais de 158 mil processos envolvendo violência doméstica contra mulheres, conforme destacou a juíza Simone Pedra Reis, primeira vice-coordenadora da Mulher do TJGO, em artigo publicado nesta sexta-feira (30/05), no jornal O Popular. Em um país onde uma mulher é vítima de feminicídio a cada 17 horas (dados da Rede de Observatório de Segurança), e em um estado que figura entre os mais perigosos para a população feminina, ações concretas de enfrentamento à violência de gênero se tornam urgentes e necessárias.

Foi nesse contexto que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) instalou oficialmente, nesta semana, o Observatório de Feminicídio, iniciativa parabenizada pelo SINDJUSTIÇA. O novo órgão terá como missão monitorar, produzir dados e propor medidas para reduzir os índices alarmantes de violência letal e doméstica contra mulheres no estado. A criação do observatório, que já nasce com identidade física e atuação institucional, é um passo importante no fortalecimento das políticas públicas de proteção às mulheres goianas.

Dentre tantos episódios recentes que evidenciam a permanência da violência de gênero em ambientes de poder, destacam-se as agressões verbais e os ataques misóginos sofridos pela deputada estadual Bia de Lima, na Assembleia Legislativa de Goiás, e pela ministra Marina Silva, durante sessão no Senado Federal. Ambos os casos expõem como o patriarcado ainda estrutura a ocupação dos espaços políticos, questionando a legitimidade e a voz das mulheres, sobretudo quando exercem poder.

Vice-presidente Cristiana Abreu

“Não se trata de casos isolados, mas de um sistema que tenta silenciar as mulheres sempre que elas rompem o lugar que historicamente lhes foi imposto. O enfrentamento à misoginia é, portanto, uma luta por liberdade, respeito e igualdade, que precisa ser travada todos os dias, inclusive nos bastidores do Judiciário, como faz com afinco o nosso Sindicato”, reforça a vice-presidente do SINDJUSTIÇA, Cristiana Abreu.

Para o presidente Fabrício Duarte, o momento exige ação coordenada e corajosa das instituições. “A criação do observatório é uma iniciativa que nos inspira e reforça nosso compromisso. No artigo da Dra. Simone, ela questiona: ‘Em que momento as mulheres foram impedidas de recomeçar suas vidas?’. Essa pergunta nos convoca a refletir e a agir. O SINDJUSTIÇA já atua com campanhas como a REAJA!, que combate não apenas o assédio e o preconceito, mas todas as formas de violência institucional e simbólica contra as mulheres.”

A campanha REAJA!, promovida pelo SINDJUSTIÇA, tem mobilizado ações dentro e fora do Judiciário goiano, abordando temas como assédio moral e sexual, misoginia, capacitismo, etarismo e racismo. A luta por um ambiente de trabalho saudável, igualitário e livre de violência é bandeira permanente da entidade.

A vice-presidente Cristiana Abreu, que participará ao lado das diretoras Sayuri Tanaka e Marina Novais do Encontro Nacional de Mulheres Dirigentes Sindicais da Fenajud, em Brasília, no próximo dia 2 de junho, ressalta: “Essa conquista institucional do TJGO é histórica e urgente. Mulheres precisam de segurança, respeito e liberdade. O SINDJUSTIÇA segue lado a lado Servidoras nessa jornada.”

A diretoria do SINDJUSTIÇA lembra ainda que, atualmente, 54% dos Filiados são mulheres, um número que cresce ano após ano e que reafirma a importância da representatividade feminina nos espaços sindicais e institucionais.

Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA | Ampli Comunicação
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