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Maria Aparecida da Silva: Do sertão ao coração do Sindicato

Maria Aparecida da Silva, de 42 anos, ou simplesmente Cida, como é carinhosamente chamada por todos que têm o prazer de conhecê-la dentro e fora do SINDJUSTIÇA, tem uma trajetória marcada por lutas, conquistas e muita ternura. Sua história se entrelaça com a da nossa entidade, refletindo força e renovação.

Há seis anos, Cida chegou a Goiânia vinda de Parnamirim, no interior de Pernambuco, em busca de uma nova vida. Conseguiu aqui seu primeiro emprego com carteira assinada, atuando como auxiliar de serviços gerais no SINDJUSTIÇA. Antes disso, trabalhava como auxiliar de restaurante em sua cidade natal, mas nunca havia tido acesso a um trabalho formal.

Na mudança, veio acompanhada do filho mais velho, Jeferson, levando consigo o sonho de construir uma vida mais independente. Ficaram para trás os pais, Maria das Graças e João Honório, e dois filhos, Júnior e Fernando, que ficaram aos cuidados do ex-marido — além de uma história de desafios e poucas oportunidades. “Eu só tenho saudade mesmo das pessoas que ficaram lá”, diz.

Em Goiânia e no Sindicato, simultaneamente, Cida começou a construir novos vínculos, amizades e um futuro mais promissor. Hoje, integra com carinho a equipe de Apoio ao Filiado. Seu café quente, sempre acompanhado de uma guloseima, vem servido com um sorriso que acolhe como um abraço.

As receitas que prepara carregam suas raízes: tapioca, bolo de milho, pão de queijo… Muitas delas foram ensinadas por sua irmã falecida, Maria Gorete. Quem tem o privilégio de saborear esses momentos sabe: Cida fala a linguagem do amor através da comida e nunca decepciona.

Atualmente, mora com Jeferson, que está concluindo os estudos e trabalha como auxiliar de pedreiro. O filho mais novo aguarda ansiosamente a maioridade para se mudar para Goiânia e reunir-se à mãe e ao irmão. Nos finais de semana, Cida prepara baião de dois para relembrar os pais. Ela se reconhece no pai, não apenas fisicamente, mas também nos princípios que moldaram seu caráter: “Ele sempre dizia para a gente nunca mexer com o que não fosse nosso. Levo isso como um modo de vida.”

Enquanto trabalha com dedicação, Cida alimenta novos sonhos: conquistar a casa própria, voltar a estudar e poder dizer com orgulho que um pedacinho desta cidade também é dela. O coração, esse já é — sem dúvida — goianiense.

Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA | Ampli Comunicação