A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

Casos de intolerância religiosa aumentaram mais de 240%

Dados registrados pelo disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania mostram que houve um aumento de 240,3% no número de violações contra religiões no Brasil, se comparado 2018 com 2023. O número subiu de 624 para 2.124. Também houve um aumento do registro de denúncias, que passou de 615 para 1.418, crescimento de 140,3%.

Os dados foram levantados para o programa Fantástico da Rede Globo e mostram as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, no cerne da questão. Com mais de um milhão de adeptos em todo o país, elas representam uma das cinco maiores manifestações religiosas do povo brasileira, mas ainda é cercada de estigma e racismo.

Tema da campanha REAJA!, a intolerância religiosa estará em discussão durante todo o mês de abril, incluindo a gravação de um podcast sobre o tema. A empresária Lari Manrique irá falar sobre a experiência pessoal como umbandista e candomblecista. Para ela, o grande desafio para o enfrentamento da intolerância e dos casos de preconceito é levar informação às pessoas.

“É preciso colocar o respeito acima de qualquer coisa. Eu acho que é principalmente por esse viés que a gente tem que entrar, mostrar o que é a religião de matriz africana, mostrar a cultura de raiz africana, como surgiu, o que aconteceu, porque são feitos os rituais, como são feitos, e realmente oferecer uma educação religiosa.” Lari relata que o cenário é desfavorável para as religiões de matriz africana e destaca a importância de compreender e respeitar essas crenças. Ela enfatiza a necessidade de combater o preconceito racial e a intolerância religiosa, ressaltando a origem e os significados das práticas religiosas afrodescendentes, mesmo sendo uma mulher branca.

Em 2023, a pena para crimes de discriminação religiosa mudou: passou de 1 a 3 anos de prisão para 2 a 5 anos para condenados. A mudança faz parte de alteração na Lei de Crime Racial, de 1989, e fala em “racismo religioso”.

“O SINDJUSTIÇA, como uma entidade voltada para a defesa dos direitos dos Servidores do Poder Judiciário, se vê com a missão, também, de fomentar debates que resultam em melhora na convivência e no respeito no trabalho. A campanha REAJA! tem esse propósito e, em abril, assume o desafio de discutir a intolerância religiosa, prática que muitas vezes provoca separação, discriminação e racismo”, frisa o presidente do SINDJUSTIÇA, Fabrício Duarte.


Fonte: Assesssoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA | Ampli Comunicação
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