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Misoginia é pauta da campanha REAJA! no mês de março

Como março marca as celebrações do Dia Internacional da Mulher, a campanha institucional REAJA! do SINDJUSTIÇA, traz como primeira temática a Misoginia, os impactos no ambiente de trabalho e as formas de combate. Além de evento, no dia 11, para discutir o tema e celebrar a luta das mulheres (clique aqui), a entidade também produzirá conteúdo educativo e informativo sobre a prática.

O termo misoginia é formado pelas palavras gregas “miseo”, que significa odiar, e “gyne”, mulher, e trata do ódio, rejeição, aversão e desprezo dos homens para com as mulheres e o universo feminino. São chamadas de misóginas as pessoas que têm ódio ou horror às mulheres. Este sentimento se manifesta de diferentes formas, como a exclusão social, a agressão física, a violência doméstica, entre outras.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil ocupa posição de alerta como líder do ranking de mulheres ansiosas em todo mundo e com maior número de depressivas da América Latina, resultado de condições desiguais tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Além disso, o país é o 4º país no mundo em casamento infantil e o 5º que mais mata mulheres. Durante a vida, 30% dessas mulheres sofrem algum tipo de violência, sendo que 1 mulher é vítima de feminicídio a cada 7 horas, 503 mulheres são agredidas por hora e uma mulher é estuprada a cada 12 segundos.

Só em 2018 a Justiça brasileira reconheceu a misoginia como crime de ódio. Segundo a advogada Patrícia Gorisch, pós-doutora em Direitos Humanos pela Universidade de Salamanca, a legislação marca dois avanços para as brasileiras: além da tipificação do preconceito e ódio contra mulheres, a lei também reconhece os atos praticados na internet como criminosos.

De acordo com a coordenadora da campanha REAJA!, Kamilla Silva, é preciso investir em diversas frentes para combater a Misoginia no ambiente de trabalho e na sociedade em geral. Ela cita a necessidade de capacitação de profissionais, investimento em educação e conscientização da população sobre o tema com campanhas, cursos e divulgação de materiais e funcionamento efetivo de canais de denúncia e proteção para as vítimas.

No Tribunal de Justiça, existem dois serviços específicos voltados para a mulher, que atendem o público externo e interno. A Ouvidoria da Mulher, que recebe denúncias de violência, com equipe de atendimento formada apenas por mulheres: uma desembargadora (ouvidora da mulher); uma juíza (ouvidora da mulher substituta); uma servidora (secretária da Ouvidoria da Mulher) e colaboradoras. Já a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar desenvolve políticas, treinamentos e ações relacionados com o combate e prevenção à violência doméstica e familiar contra as mulheres.

Durante todo o mês de março, a campanha da entidade trará tópicos importantes sobre o tema para os servidores do Judiciário goiano e conta com a partilha de todos no sentido de combate à misógina no ambiente de trabalho.

Reconheça algumas situações misóginas
– Criar obstáculos ou impedir que gestantes compareçam a consultas médicas;
– Exigir que a mulher não engravide ou impedir/dificultar a ascensão profissional em virtude de gestação;
– Desconsiderar ou desvalorizar a opinião técnica da mulher em sua área de conhecimento;
– Não deixar mulheres falarem em reuniões e ficar com créditos por trabalhos feitos por elas;
– Direção de xingamentos e ofensas nas redes sociais;
– Objetificação de corpos;
– Quando duvidam de conhecimentos e capacidades, sejam relacionados a esportes, políticas, direção no trânsito e tantos outros, simplesmente pelo fato de a pessoa ser uma mulher;
– Utilização de piadas machistas, com origem em pensamentos misóginos.


Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA | Ampli Comunicação (Com informações do Departamento Jurídico)
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