Há menos de um mês das eleições, a decisão por este ou por aquele candidato é uma das principais pautas da sociedade e não poderia ser diferente. Serão eleitos no dia 2 de outubro o próximo ou a próxima presidente do Brasil, assim como governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Mas, afinal, qual o papel deles? Em diferentes instâncias, eles vão gerir o país e definir o nosso futuro enquanto sociedade. Para quem está no serviço público, o grande desafio é que eles também sejam a voz de quem também trabalha para a sociedade.
O presidente do SINDJUSTIÇA, Fabrício Duarte, afirma que as eleições exigem reflexão sobre como e em quem votamos. “A representatividade que escolhemos pode ser benéfica ou maléfica ao serviço público e aos servidores públicos.” Ele lembra as perdas recentes dos servidores públicos, incluindo o Judiciário, tanto de direitos quanto de benefícios.
Agenda propositiva
Em busca de firmar compromisso com os futuros representantes eleitos, a entidade organizou uma agenda de reuniões tanto com candidatos a governador quanto a senador e deputado (federal e estadual) e apresentou as principais pautas da categoria, o que inclui as discussões e os posicionamentos sobre a PEC-32. Outro ponto do trabalho do Sindicato tem sido a conscientização da categoria, o que é feito via a campanha Servidor vota em quem defende o serviço público e também investindo na formação de lideranças.
Para o vice-presidente para Assuntos Esportivos e Socioculturais do SINDJUSTIÇA, Otto Maia, o ingresso no serviço público em 2016 foi uma virada de chave na sua compreensão do processo eleitoral. Ele, que sempre priorizou políticos com pautas voltadas para a sociedade, serviços básicos do cidadão e mobilidade, percebeu que precisaria de uma voz que se identificasse com a dele no legislativo. Depois dos efeitos da reforma administrativa, a representatividade se tornou urgente.
“Realmente, a reforma diminui o concurso público, então comecei a perceber o quanto é importante neste momento a eleição, a escolha de representantes estaduais e federais que tenham um compromisso com o serviço público de qualidade e o servidor de carreira. Precisamos ter uma voz que nos represente, que defenda nossos direitos e os da sociedade, que usufrui do serviço público”, afirma ele.
Escolha
Na hora da escolha do voto, o vice-presidente para Assuntos Jurídicos, Luzo dos Santos, almeja que os servidores coloquem na Assembleia e na Câmara Federal representantes que defendam o serviço público de qualidade. “Como temos outras bancadas, de setores específicos, poderíamos ter uma bancada do servidor público.” Outro ponto é a conexão com os eleitos após a eleição, para cobrar posicionamentos e participar dos mandatos. “É preciso lembrar quem elegemos na hora de exigir e lutar pelos direitos da categoria.”
O presidente Fabrício Duarte destaca ainda que esta é uma luta de toda a sociedade. “O servidor público, pela importância dos cargos que ocupam, em favor da sociedade, deve sempre receber atenção dos poderes constituídos. Sem o servidor público, não há segurança pública, não há educação, enfim, não há Justiça! O conceito civilizatório está atrelado à figura do servidor público, já que este está na ‘ponta’ aonde os problemas acontecem.”
Confira como foram as visitas com candidatos.
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