Entre 2008 e 2013, a liderança do SINDJUSTIÇA foi inovadora. Pela primeira vez, uma mulher ocupou o cargo de presidente da entidade e logo mostrou a que veio. A atuação combativa de Rosângela Ramos de Alencar apresentou resultados e agradou a categoria, que a reelegeu. Durante sua gestão, êxito e luta foram as palavras-chave. Hoje, com 56 anos, a presidente eleita do sindicato contabiliza 33 anos como servidora do TJGO, tendo se mantido na luta mesmo após a aposentadoria, há dois anos.
No período em que esteve à frente da gestão do SINDJUSTIÇA, Rosângela iniciou a atuação para conseguir atender aos pleitos dos colegas – cerca de 4 mil filiados, hoje. Fato marcante na administração da presidente, a greve mais longa no Judiciário de Goiás repercutiu e alcançou o objetivo de defender os direitos da categoria. A paralisação se estendeu por mais de dois meses, teve adesão de 90% dos servidores de carreira do TJGO em 49 comarcas do Estado e ainda recebeu apoio da população e de entidades ligadas ao Judiciário. A forma de conduzir o trabalho permitiu maior abertura junto ao Tribunal.
Foi uma vitória conseguir conversar, ser ouvido dentro do Poder Judiciário. Através disso, conseguimos que o TJGO entendesse que somos todos iguais. Rosângela Ramos de Alencar, presidente do SINDJUSTIÇA.
Conquistas
A lista de solicitações contempladas contém o Plano de Cargos e Salários dos Servidores (PCS), em 2008. O documento recebeu adequações a partir da primeira versão de 2004 e, atualmente, inclui a isonomia salarial entre servidores da capital e do interior, a relotação, a Gratificação de Incentivo Funcional (GIF), a valorização do estudo, a instrutoria interna, o adicional por risco de vida, a progressão funcional, a gratificação de nível superior para cursos relacionados à atividade exercida, a efetivação do Conselho Setorial de Política Salarial e a revisão geral anual de remuneração (data-base).
No mesmo ano, a administração de Rosângela foi contemplada com uma boa notícia. Desde 2002, o SINDJUSTIÇA estava empenhado no recebimento da chamada Ação 110, uma Ação Coletiva que questionava a diferença salarial referente a desconto indevido promovido pelo TJGO à época (dedução de R$ 110,78 nos salários dos servidores, em média), e o pagamento aos filiados foi integral. Outra reparação financeira obtida pelo sindicato foi a conhecida Ação 7.7. Nela, a entidade questionava a conversão inadequada do salário dos servidores com a implantação do Plano Bresser. O desajuste acarretou perdas que só foram corrigidas em 2009, quando o montante correspondente foi parcelado em 60 meses e começou a ser pago com correção mensal pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Rosângela conseguiu aumentar o percentual da GIF, de 5% para 10%, e também o de remuneração por ações de treinamento com menos de 120 horas de duração, que saltou de 1% para 2%. Em relação à GIF, outra novidade foi a renovação dela a cada quinquênio, a partir da concessão de cada percentual de 2%. A revisão anual da remuneração dos servidores (a data-base) em janeiro também ocorreu durante a gestão da atual presidente. A vitória ocorreu em 2012, mas entrou em vigor somente no ano seguinte.
Cultura e lazer também foram considerados, a exemplo da reforma e expansão da pousada de Goiânia e benfeitorias nos chalés em Caldas Novas e no clube localizado na capital. O âmbito jurídico recebeu atenção e ampliou as atividades. Para os servidores aposentados, os marcos foram a prestação de atendimento personalizado, eventos de integração e encontros para a melhoria da qualidade de vida. A pauta em 2013 girava em torno do auxílio-alimentação. Após a busca incessante pelo benefício, o SINDJUSTIÇA conseguiu a aprovação unânime de resolução na Corte Especial do TJGO. A partir de então, todos os servidores da ativa do Judiciário goiano recebem o benefício.
