O presidente do SINDJUSTIÇA, Fábio Queiroz, e o 1º vice-presidente, Fabrício Duarte, prestaram assistência, nesta terça-feira (6), aos servidores da comarca de Goiatuba, que trabalham em salas improvisadas desde o último dia 10 de agosto, devido ao incêndio criminoso que destruiu o fórum local, visitado hoje pela comitiva do sindicato. Esse trabalho in loco, ocorrido dentro do projeto Giro pelo Interior, contou com participação da assessora jurídica do SINDJUSTIÇA, advogada Rúbia Bites.
Fábio, Fabrício e Rúbia foram recebidos pelo delegado sindical Murilo Silveira e Pimentel. Após o incêndio no fórum, repudiado pelo SINDJUSTIÇA, os servidores foram transferidos provisoriamente para salas montadas em uma faculdade da cidade e em unidades da comarca local.
Confira aqui o álbum de fotos da visita ao fórum de Goiatuba.
As condições atuais de trabalho são insalubres, segundo os representantes do SINDJUSTIÇA. Há pouco material de escritório. Sem luvas cedidas pelo TJGO, os servidores tiram do próprio bolso os recursos para comprar itens de proteção individual, na tentativa de recuperar processos queimados. A segurança é nula naqueles postos de trabalho.
Cobraremos junto ao Tribunal, as providências necessárias para garantir a segurança e o bem-estar físico e mental dos servidores de Goiatuba. O que vimos foi um completo descaso para com aqueles que fazem a máquina da Justiça caminhar e bater as metas do CNJ. (Fábio Queiroz, presidente do SINDJUSTIÇA)
Sem condições, os servidores se ajudam para manter a prestação jurisdicional
Na falta de lugar para todos, os servidores têm de se revezar entre as salas provisórias. O SINDJUSTIÇA questionou o diretor do Foro, juiz Marcus Vinícius Alves de Oliveira, sobre as providências a serem tomadas para solucionar esses problemas. O magistrado disse que está empenhado nessa demanda e que a comarca busca um imóvel para acomodar os servidores e demais profissionais do sistema de Justiça lotados na cidade.
“Estamos aqui sem nenhuma segurança”, relata Murilo Silveira. O delegado sindical contou que os servidores são alvos de chacotas por estarem sem local fixo para trabalhar no município. O sentimento é de abandono por parte do Tribunal, traduz a comitiva do SINDJUSTIÇA.
O que diz o TJGO
Na dependência de um parecer técnico, que ainda não saiu do papel devido a burocracia no TJGO, o órgão explica: não há previsão para a reconstrução do fórum. Ao menos os suspeitos de atear fogo ao prédio foram detidos e apresentados na semana passada.
Enquanto o funcionamento da comarca não é normalizado, processos são levados para Morrinhos, o que acaba por prejudicar a sociedade e a prestação jurisdicional. Uma van locada pelo TJGO transporta os servidores de Goiatuba para Morrinhos. Emitir mandados se tornou um desafio em Goiatuba. Consequentemente, as médias dos oficiais de Justiça caíram no último mês. Todo o conjunto de servidores sofre prejuízos.
Os servidores se ajudam como podem, prestando assistência aos colegas. Nesse momento tão difícil, a categoria tem se superado, demonstrando união e comprometimento para com o trabalho. São fatores como esse que nos levam aos patamares mais altos de produtividade do relatório Justiça em Números, do CNJ. (Fabrício Duarte, 1º vice-presidente do SINDJUSTIÇA)
Diante das queixas dos servidores e a flagrante sensação de insegurança na comarca, o SINDJUSTIÇA informa que intensificará no TJGO as reivindicações para uma intervenção urgente e efetiva em Goiatuba, visando à retomada das condições seguras para o trabalho no fórum local.
