Incêndio consumiu grande parte do acervo processual da comarca de Iporá. (Foto: Portal Oeste Goiano)
Dois homens foram indiciados pelo incêndio no fórum de Iporá, ocorrido em 29 de maio deste ano, cujas chamas destruíram o gabinete do juiz da 2ª Vara Cível e Criminal e a sala de audiências, além de processos, equipamentos eletrônicos e mobiliário. De acordo com o delegado Ramon Queiroz, Ruan Carlos Guimarães e Weder Silva Lisboa foram identificados como autores do crime após provas testemunhais e análise de dados de vários suspeitos. A Polícia Civil (PC) apurou que eles já haviam cumprido pena juntos, por crimes como tráfico, furto e roubo.
O crime foi rechaçado à época pelo SINDJUSTIÇA, que se solidarizou com os servidores de Iporá e cobrou, no TJGO, providências para intensificar a segurança nas comarcas. Há quase seis anos, o sindicato reivindica o cumprimento, em Goiás, da Resolução nº 104/2010 do CNJ, que prevê a implementação de medidas nos fóruns com o intuito de resguardar a integridade física de servidores, demais profissionais do sistema de Justiça e pessoas da comunidade que transitam nas unidades judiciárias.
Investigação
A Polícia Civil informou que no dia do crime um segurança fazia a vigilância do local e acionou o Corpo de Bombeiros assim que percebeu o fogo em uma das salas. Após a contenção das chamas, a polícia observou que uma das janelas do local havia sido arrombada, o que evidenciou o caráter criminoso do incêndio.
A PC apurou também que a dupla comprou gasolina na noite anterior ao crime. Testemunhas reconheceram os dois como os compradores do combustível. Eles foram indiciados por causar incêndio, expondo a vida, a integridade física e o patrimônio de outras pessoas, crime previsto no artigo 250 do Código Penal, com pena de até seis anos.
