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Parlamentares defendem proposta de Estatuto Único em audiência no Senado

audiencia senado PEC 59:2013Debate na Comissão de Constituição e Justiça do Senado se deu hoje e contou com a presença de servidores de todo o País

Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados- Fenajud defende a PEC 59/13 na audiência pública na manhã desta terça-feira(8), na Comissão de Constituição e Justiça- CCJ, do Senado Federal.  A Federação foi enfática ao defender a necessidade da criação do estatuto nacional para os servidores.

O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) esclareceu a matéria e destacou a importância da criação do estatuto único, assim como o diretor Jurídico da Fenajud, Wagner Ferreira: “ Não somos kamicazes para defender proposta que vai destruir a categoria”, disse, ao rebater afirmações da oposição à matéria.

Convidado pela Fenajud para o debate sobre a PEC 59/13, o deputado Manoel Júnior (PMDB – PB) defendeu “ brilhantemente” a PEC 59/13 (o parlamentar foi o relator da matéria na Câmara dos Deputados, então PEC 190/07): “ Podem ficar despreocupados, pois o que está escrito na matéria não haverá de subtrair nenhum direito do judiciário. Muito pelo contrário. Haverá equidade. O povo brasileiro que custeia, merece a melhor prestação de serviço”.

Vindos de vários estados do país, representantes da Fenajud e de sindicatos de sua base participaram da audiência que discutiu a proposta de emenda à constituição – PEC 59/13, que visa a criação do estatuto único para os servidores do Judiciário.  Os servidores saíram satisfeitos do debate, principalmente porque os argumentos defendidos pela Fenajud não deixaram brecha para questionamentos dos oponentes à matéria.

Debate

O relator da PEC 59/13, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), ouviu atentamente os argumentos da Fenajud defendido pelos debatedores: diretor Jurídico da federação, Wagner Ferreira, e o deputado Manoel Júnior.  Wagner apresentou a proposta, falou de seus objetivos e viabilidades para a categoria e a vitória nos dois turnos na Câmara (por unanimidade). Desmistificou, inclusive, a questão de perdas salariais tão comentada pela Fenajufe (entidade contrária à proposta; representa os servidores do Judiciário na esfera federal). “Não somos kamikazes para defender proposta que vai destruir a categoria”.

A Fenajud defende a eficiência do Judiciário, e o meio é o Estatuto Único. “Já debatemos por mais de sete anos essa proposta. Na Câmara tivemos consenso dos parlamentares”, rebateu Wagner às afirmações dos representantes da Fenajufe que pediram arquivamento da proposta por alegarem a matéria que traz prejuízos para os servidores. Wagner disse, ainda,  que a  Fenajud preza a eficiência no serviço jurisdicional e que a proposta não cria despesa para os estados. “A autonomia financeira dos tribunais está amparada”, destaca. E disse também que a PEC 59/13 combate o sucateamento; a terceirização do trabalho.

O diretor Jurídico enfatizou o foco na prestação jurisdicional: “A Fenajud defende a PEC 59 por eficiência na gestão, judiciário forte, e pelo fortalecimento, principalmente do 1º grau”, disse ele. Segundo o diretor, a Fenajud discute a proposta pelo prisma da eficiência e da proteção dos trabalhadores: “Quando discutimos a necessidade do estatuto é para evitar, por exemplo, a extinção indiscriminada de cargos essenciais, como em Sergipe, onde foram extintos os oficiais de justiça. Não existe kamikaze sindical. Não defendemos propostas que podem prejudicar os trabalhadores”, reiterou.

Manoel Júnior falou sobre a transparência e a participação popular no debate durante os sete anos da PEC: “Devo dizer que na Câmara tivemos algumas preocupações e fizemos várias audiências públicas para debater a matéria. E promovi no meu estado (Paraíba) com representantes tanto dos servidores  do Judiciário nos estados quanto com os federais. A preocupação era para não deixar cair a PEC 190, na Câmara, (hoje PEC 59/13), da mesma forma que a PEC 300”. “Tivemos a preocupação, tanto daqueles como o então deputado Flávio Dino, quanto Alice Portugal (PC do B-BA) (autores da matéria), como dos oficiais de justiça, no caso de Sergipe que foi extinta”, disse.

O parlamentar atentou os presentes para a informação de que a matéria só traz benefícios:  “Podem ficar despreocupados, pois o que está escrito na matéria não haverá de subtrair nenhum direito do judiciário. Muito pelo contrário. Haverá equidade. O povo brasileiro que custeia, merece a melhor prestação de serviço.

O relator da proposta no Senado, Valdir Raupp (PMDB- RO), diante das afirmações da Fenajufe, destacou: “Uma preocupação que não precisa ser exarcebada, pois a questão salarial será tratada de outra forma e em outro momento. Mas sim, é preciso estatuto único!”, finaliza. Raulpp encerrou a audiência falando sobre o papel da relatoria: “Nosso papel nada mais é que um mediador das partes. Já relatei matérias bem difíceis, mas nem sempre conseguimos o equilíbrio entre as partes interessadas.” O relator analisará o teor da discussão para, assim, dar o parecer da matéria.

Fonte: Fenajud. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado


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