A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

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SINDJUSTIÇA acompanha treinamento dos novos escreventes

Lidianne Fernandes de Paula

“Deixei família, namorado e um filho de 8 anos em busca de um sonho.” A afirmação é da jovem Lidianne Fernandes de Paula, escrevente judiciária recém empossada no cargo, que participou, desde a última segunda-feira (9), do Programa de Introdução Funcional promovido pela Diretoria de Recursos Humanos (DRH) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Natural de Joviânia, comarca distante cerca de 180 quilômetros de Goiânia, a nova servidora é bacharel em Direito, pós-graduada em processo civil e traz para o Judiciário goiano a experiência na área jurídica que adquiriu em outras atividades que exerceu antes de assumir o cargo de escrevente. “Fui estagiária no Ministério Público e também assessora dos juízes Ricardo Silveira Dourado e Fláviah Lançoni na minha comarca. Até podia fazer carreira por lá, mas deixei o interior para viver um sonho. Espero crescer como pessoa e profissional para atingir a missão do Tribunal em trazer a essência da Justiça para a coletividade de forma imparcial, adequada e com celeridade conforme a proporcionalidade do caso. Além disso, pretendo seguir carreira no Poder Judiciário e, quem sabe, chegar à magistratura”, ressaltou Lidiane Fernandes.

Lidianne disse que para chegar onde está contou com a ajuda de pessoas generosas. “Quero aproveitar para agradecer a colaboração do promotor de Justiça José César Naves de Lima Júnior, da 7ª Promotoria de Itumbiara e da doutora Fláviah, que me deu a primeira oportunidade no Poder Judiciário. Devo muito do que sou a eles.” Apesar de recém empossada, Lidiane não parou de estudar para concursos, mas defende sua atuação na área onde quer que vá. “Deixei minha família em busca de servir o Judiciário, auxiliar o próximo e cultuar um dos mandamentos de Deus sem esperar algo em troca, que é a missão de servir sem a ilusão de ser sempre retribuída”, disse a servidora.

Serviço público

Alessandra Ferro, psicóloga

Em entrevista ao Sindicato dos Servidores e Serventuários do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA) a facilitadora e psicóloga Alessandra Ferro falou sobre a dinâmica de trabalho. “Faremos atividades extremamente vivenciais, mostrando aos servidores os tipos de clientes que vão ter que lidar e, inclusive, mostrar que os primeiros clientes são eles mesmos”, destacou a psicóloga. “O trabalho do servidor vai depender de uma cadeia que começa por ele, passa pelos colegas e alcança o público. Se ele cumprir bem as primeiras etapas, no final ele vai se dar bem também”, observou Alessandra.

No dicionário, a palavra servidor tem o significado de ‘aquele que serve a alguém ou a um instituição’. Alessandra encontrou outro depois de dividir a palavra ao meio. “Ninguém vai até o servidor para levar flores pra ele. O que as pessoas buscam na Justiça? A resolução do conflito. Então, você vai ter que lidar com a dor do outro”, sintetizou.

Servidores em treinamento

“Sinto que estão com muita vontade de aprender, satisfeitos com o curso e que realmente estão sendo esclarecidos sobre o funcionamento do Poder Judiciário em diversos pontos”, afirmou a psicóloga da DDH do TJGO, Tânia Maria Rodrigues, que acompanha as atividades do programa desde o início. “Sou servidora do Judiciário há 28 anos e vejo a diferença de desempenho entre os servidores que chegaram depois de 2007, quando iniciamos esse programa de capacitação introdutório. Antes, eles dependiam da boa vontade e da disponibilidade dos colegas para conhecer suas funções e atividades. Hoje eles são acolhidos e inseridos no contexto de trabalho, por meio do programa de capacitação idealizado e executado por nossa Divisão antes da prática do dia a dia e fazendo com que não caiba a eles o rótulo de ‘novatos'”, explicou Tânia.

Segundo a psicóloga, a capacitação introdutória também é voltada para as chefias com treinamentos específicos de liderança e motivação. “Precisamos gerenciar também o conflito de gerações e isso nós fazemos com treinamento.” Ainda restrito à capital, o TJGO realiza estudo para implantação do programa em todo o Estado. “O servidor do interior ainda não tem, mas estamos fazendo um levantamento para viabilizar o programa em outras comarcas”, contou Tânia.

Rosângela Alencar, presidente do SINDJUSTIÇA, tem acompanhado o trabalho de inserção dos novos servidores e enalteceu a equipe responsável pelo treinamento que está sendo realizado com os escreventes recém empossados. ‘Essa capacitação cria condições reais para uma prestação jurisdicional de qualidade e mais eficiente, além de valorizar o profissional que atua no Judiciário. Oportuno, portanto, levar essa iniciativa também para o interior, já que a isonomia entre a categoria não pode se limitar apenas ao salário, mas também em condições de trabalho’, ressaltou a presidente.

O treinamento funcional segue até o dia 23 de novembro e a última etapa da capacitação, que conta com treinamento técnico do Programa Atualizar, visa preparar os servidores para as funções que assumirão em seus postos de trabalho. Outros 20 servidores, com média de idade entre 20 e 30 anos, também participam, amanhã, do curso Excelência no Atendimento ao Público, com carga horária total de 8 horas.

A lotação provisória dos escreventes judiciários III foi determinada por meio da Portaria nº 396/2012, assinada na tarde de hoje, que será publicada no Diário da Justiça Eletrônico nesta quarta-feira.

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