Alexandre Paiva Veiga ao lado do afilhado, Marco Túlio: menino vê padrinho como espelho
O presente inusitado que ganhou da avó se transformou em trabalho e felicidade para o auxiliar judiciário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Alexandre Paiva Veiga, de 46 anos, filiado ao Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA) e quarto personagem da série Quem Somos Nós. Há 29 anos, a avó de Alexandre o presenteou com um acordeon de 48 baixos, que ele aprendeu a tocar assistindo a fitas de vídeo de acordeonistas como Dominguinhos.
“O acordeon era um instrumento que poucas pessoas se arriscavam a aprender. Minha família tem músicos, mas ninguém queria tocar o acordeon. Minha avó estava muito doente e resolveu me presentear com o instrumento dela. Me disse, naquela ocasião, que ficaria muito feliz se eu aprendesse a tocar”, conta.
Comovido com o pedido da avó, Alexandre resolveu assistir a alguns vídeos e arriscou tirar sons do instrumento. “Percebi que tinha o dom”, lembra. Empolgado com a descoberta, o auxiliar judiciário passou a treinar. “Eu olhava e imitava os movimentos das mãos dos músicos. Acabei desenvolvendo a minha própria técnica”, diz.
Como gostava muito de tocar, Alexandre acabou criando o grupo Baião de Dois, que conta também com violão e percussão. A ideia do nome veio da comida nordestina que mistura vários ingredientes, já que o propósito do repertório da banda é misturar vários ritmos musicais como bolero, forró, MPB, pop rock, samba e outros. O grupo se apresenta em espaços como o TJGO, Sesi, Clube de Engenharia e festas particulares há 15 anos. “Tem mês que a nossa agenda fica lotada nos fins de semana. Sempre temos shows para fazer”, afirma.
Para o auxiliar judiciário, o acordeon é um pedaço da sua vida. “Foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Todo o desgaste que tenho no trabalho, eu descarrego no instrumento. É o meu jeito de relaxar e descontrair”, declara.
Alexandre conta que tem um companheiro que divide com ele o gosto pelo instrumento: é o seu afilhado, Marco Túlio, de 3 anos. “Sempre que me via tocar, ele ficava louco com o instrumento. Então, comprei um pequeno acordeon e dei pra ele. O garoto adora. Fica na frente do palco me vendo tocar e sacudindo o instrumento. Faz o maior sucesso!”, orgulha-se.
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