A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

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ROSÂNGELAESCREVE:VISÃOCURTA,ADMINISTRAÇÃOFRACASSADA

PRESIDENTE DO SINDJUSTIÇA ESCREVE SOBRE A ADMINISTRAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA NO EDITORIAL DO INFORMATIVO SINDJUSTIÇA DO MÊS DE MAIO
 
Rosângela Alencar denuncia, em nota publicada no informativo do sindicato e também enviada à imprensa goiana e nacional, a inoperância administrativa do Tribunal de Justiça para com os seus trabalhadores, como segue abaixo.
 
Visão Curta,
Administração Fracassada
 
Os operadores do Direito e da Justiça, representantes do Estado no exercício da jurisdição contam com uma força imprescindível na execução da prestação jurisdicional à sociedade: os servidores. No entanto, além da função principal, a de exercer a jurisdição, o poder judiciário desempenha ainda outras funções, dentre elas a administrativa, sobretudo a do seu pessoal. Neste ponto e por critérios específicos e tradicionais, a eleição destes administradores, e de conseqüência as indicações dos seus auxiliares diretos, vêm, ano após ano, confirmando uma máxima: os “administradores” do Judiciário não conseguem tratar as questões e resolvê-las como necessário.
 
Em Goiás, temos confirmado esta fragilidade e inoperância quando o assunto em tela é de interesse dos servidores. Amargamos o descaso do chefe deste Poder nas questões mais simples. Até o duodécimo constitucional (6% para pagamento de pessoal, devido ao Judiciário, não é utilizado para a promoção da melhoria salarial dos trabalhadores. As publicações do próprio, referente aos quadrimestres, comprovam o gasto de somente 3,73% e ainda apresenta um decréscimo sucessivo. E, na outra ponta, os servidores acumulam 99,97% de reajustes devidos e não concedidos nos últimos quinze anos e comprovados pelo Dieese em estudos solicitados pelo Sindjustiça, e, em tramitação no TJGO.
 
Com salários que não chegam, em média, a 10% da remuneração de um juiz substituto, os servidores e serventuários da justiça percebem salários menores que os de várias outras categorias de outros poderes. Isso tem ocasionado uma evasão de quadros qualificados que buscam em outros órgãos a sua satisfação salarial, não encontrada no Tribunal de Justiça. Esta inconstância de pessoal nos cargos é prejudicial para todos. Perde o Tribunal, perde os trabalhadores, perde a prestação jurisdicional e conseqüentemente perde a sociedade a quem a jurisdição se destina. 
 
Todos vêem, o sindicato e os trabalhadores denunciam. Somente a Administração do Tribunal de Justiça, de visão curta, não quer ver ou não quer dar à questão a importância devida. Desta feita, o fracasso administrativo torna-se um imperativo a ser seguido pelos sucessores e os servidores cada vez mais vitimados.
 
Por Rosângela Alencar, presidente do Sindjustiça 
 
Link de publicação desta nota em outros sites:  http://www.fenajud.org.br/destaques.php?id=763 


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