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Oficial de Justiça é essencial para o funcionamento da Justiça, diz servidor

O portal do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA) faz escala em Goiânia, pelo circuito de entrevistas com oficiais de Justiça que atuam em diferentes comarcas do Estado. Promovida pela entidade, a série visa a valorização da categoria, cuja atividade é considerada de risco. Conheça, nesta etapa, o cotidiano de Saulim Rodrigues da Silva, servidor do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) desde 1974. Do ingresso no serviço público como escrevente à carreira de 38 anos na função de oficial de Justiça. História de trabalho contada por quem dedicou parte da vida à prestação jurisdicional.

Saulim Rodrigues da Silva

Saulim Rodrigues da Silva

A abordagem séria na execução do trabalho disfarça o entusiasmo do homem que ama a profissão. Há quase quatro décadas no cargo de oficial de Justiça, Saulim garante que não cogita se aposentar nos próximos anos. “Acho interessante a função de oficial de Justiça. Eu gosto muito do meu trabalho. Tenho idade para me aposentar, mas nem penso nisso”, externa. A carreira no Poder Judiciário goiano teve início em 1974, quando Saulim ingressou para o TJGO no cargo de escrevente, lotado na Vara de Precatórios. Ainda naquela unidade, o servidor público passou a admirar a atividade dos colegas oficiais de Justiça. Após 18 meses, Saulim foi nomeado oficial de Justiça, via portaria do Tribunal estadual, conforme legislação da época. Saulim considera como vantagem, nesta função, a flexibilidade de horário, vez que possui autonomia para programar suas tarefas de acordo com o volume de mandados recebidos em sua serventia.

“Eu recebo a carga de mandados e tenho dez dias para cumprir. Dá para descansar, mas sem gerar tumulto e acúmulo de processos”, explica o servidor do TJGO. Saulim destaca que, além do salário, é indenizado pelo transporte para execução de atos processuais. A carreira de 38 anos como oficial de Justiça reserva experiências adquiridas no dia a dia, transitando pela cidade. “Perigo, sempre existe. O oficial de Justiça tem que ficar atento, ter astúcia, equilíbrio e jogo de cintura. Não pode ser medroso”, aconselha. A cada abordagem, uma recepção. Esta é a tônica no cotidiano da categoria. Na opinião de Saulim, a conduta respeitosa para com o intimado é fundamental. Ainda assim, as reações ao oficial são as mais diversas. Saulim lembra que já teve uma arma calibre 380 apontada contra a cabeça ao cumprir mandado de busca e apreensão de veículo.

O oficial de Justiça diz que, apesar do susto, manteve a calma e saiu ileso da situação. A ocasião reforça uma das necessidades desta classe trabalhadora apontadas por Saulim. “A maior dificuldade é a de trabalhar sem porte de arma. Nós tínhamos essa autorização antigamente, mas perdemos devido ao Estatuto do Desarmamento (criado em 2003). Isto é muito importante para que a gente possa se defender”, assinala Saulim. O reforço policial é outro gargalo pontuado pelo servidor público. “Às vezes, quando há resistência e chamamos a polícia, o auxílio demora até uma hora para chegar”, frisa. Para Saulim, as atribuições da categoria têm importância significativa para a efetivação do serviço jurisdicional. “O oficial de Justiça é a mola-mestre do Poder Judiciário. Sem ele, não há como prosseguir às ações judiciais. O oficial de Justiça é o agente do magistrado na rua”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA


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