A CASA DO SERVIDOR DA JUSTIÇA

Noticias | Informe-se

SINDJUSTIÇA comanda dia de luta por valorização dos servidores do Judiciário

paralisacao sindjustica goias08

Trabalhadores paralisaram atividades durante todo dia em protesto contra o pagamento retroativo do auxílio-moradia aos juízes e em defesa dos interesses da categoria. Presidente da entidade não descarta novas paralisações

Milhares de servidores do Judiciário, em todo o Estado de Goiás, paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (17) em adesão ao movimento coordenado pelo Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA) por valorização vencimental dos trabalhadores do Poder Judiciário e contra o pagamento retroativo do auxílio-moradia aos magistrados goianos. A medida, adotada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), de acordo com o sindicato, demonstra que o órgão não tem dispensado tratamento isonômico na análise dos pleitos das várias carreiras que compõem o Judiciário. O presidente do SINDJUSTIÇA, Fábio Pereira de Queiroz, não descarta novas paralisações caso não haja avanço no diálogo com a nova gestão do TJGO, que assume em fereveiro.

A mobilização da classe teve início logo cedo, com concentração na porta do TJGO, no Setor Oeste, para onde se dirigiram servidores lotados em várias unidades judiciárias de Goiânia, Região Metropolitana e até mesmo de outros municípios, como Campos Belos, Goianápolis, Jaraguá, Uruaçú, Criciúma, Aparecida de Goiânia, Santa Cruz de Goiás, Rio Verde e São Domingos. Nas comarcas do interior, os servidores também se mobilizaram. Com roupas pretas, manifestaram indignação contra a falta de valorização da categoria no âmbito do Judiciário goiano.

Fábio Pereira de Queiroz, presidente do SINDJUSTIÇA

Fábio Pereira de Queiroz, presidente do SINDJUSTIÇA

Fábio Pereira de Queiroz adiantou, nas entrevistas que concedeu à imprensa nesta quarta, que a entidade buscará o diálogo com a nova administração do TJGO. Não havendo retorno da próxima gestão quanto à necessidade de valorização da categoria, o sindicato poderá desencadear novas paralisações, não descartando, inclusive, um movimento de greve da categoria. O líder sindical enalteceu o engajamento dos servidores no movimento de hoje. “Considero que a manifestação foi muito positiva. “Temos a certeza de uma coisa: o servidor tem que ser visto e valorizado pelo Tribunal de Justiça”, frisou.

Interior

Alguns servidores do interior também se juntaram ao grupo em Goiânia.  Érica Neres de Oliveira, escrevente na comarca de Campos Belos, saiu de casa ontem à noite para estar hoje cedo ao lado dos colegas no ato público. Percorreu 650 quilômetros até a capital.

“O movimento foi muito bom. Conseguimos chamar a atenção da população para o que vem acontecendo. Como disse o nosso presidente, Fábio Queiroz, esse é um começo do movimento por valorização”, disse. “Esperávamos um motivo para iniciar a nossa manifestação e esse pagamento retroativo do auxílio-moradia aos juízes foi o estopim”, afirmou.

Renata Vasconcelos, de Rio Verde

Renata Vasconcelos, de Rio Verde

Renata Vasconcelos da Rocha, da comarca de Rio Verde, servidora há 3,5 anos, também madrugou hoje. Saiu de casa ainda com o dia escuro para marcar presença na mobilização do SINDJUSTIÇA. “Fui a única a vir para Goiânia. Mas meus colegas que ficaram também cruzaram os braços e se vestiram de preto, aderindo ao protesto”, contou.

“Achei a mobilização produtiva, principalmente no interior, pois observei nas redes sociais que o pessoal participou ativamente. Precisamos que a sociedade nos veja. Por isso esse movimento foi tão importante. Trabalhar no Tribunal está complicado atualmente: o encargo é muito e o bônus é pouco”, destacou a servidora.

Além do presidente Fábio Queiroz, participaram do ato público em Goiânia a vice-presidente para Secretaria, Comunicação, Divulgação e Imprensa, Mara Cristina Ferreira; o vice-presidente para Assuntos Esportivos e Socioculturais, Kerner Carlos Ferreira Gondim; vice-presidente para Assuntos Administrativos, Rosângela Ramos de Alencar; e a vice-presidente para Assuntos das Comarcas do Interior, Maria de Fátima da Silva.

FRASES:

“Assistimos todos os dias as estatísticas do CNJ que mostram que o Estado de Goiás está nas primeiras colocações em produtividade. Essa produtividade vem do esforço do servidor. Nós queremos a valorização, porque nós trabalhamos, cumprimos metas, mas não somos valorizados em nossos vencimentos.”

Rosângela Ramos de Alencar, vice-presidente Administrativa do SINDJUSTIÇA

“O balanço que faço desse movimento é muito positivo. Vieram mais de 200 pessoas à porta do TJ e eu gostei muito da fala do nosso presidente, Fábio Queiroz, e da colega de São Domingos, Maria do Perpétuo Socorro, que explanaram muito bem sobre as razões do nosso movimento. Acho uma vergonha essa questão da retroatividade no pagamento do auxílio-alimentação.”

 Alessandro Gonçalves Barbosa, oficial de justiça responsável pela pasta dos oficiais de Justiça do SINDJUSTIÇA

“Servidores de várias comarcas aderiram ao movimento e muitos colegas do interior compareceram a Goiânia para fortalecer nosso ato. Também houve uma ampla cobertura do movimento pela imprensa. A partir de hoje, a sociedade goiana tem mais noção dos problemas que temos passado no Judiciário pela falta de valorização dos servidores. Hoje, os servidores de Goiás são os primeiros no Brasil em produtividade e um dos últimos em relação ao vencimento. Não é justo.”

Mara Cristina Ferreira, vice-presidente do SINDJUSTIÇA para Secretaria, Comunicação, Divulgação e Imprensa

“Vi diversas reportagens a respeito do nosso movimento e da mobilização no interior. Estamos todos bastante revoltados com essa barbaridade, que é esse pagamento retroativo do auxílio-moradia aos magistrados. Os servidores sempre estão esperando uma melhoria salarial e nunca se alcança nada. Já para os magistrados, o tratamento é diferente.”

Kerner Carlos Ferreira Gondim, vice-presidente para Assuntos Esportivos e Sócioculturais do SINDJUSTIÇA

“Por ser o primeiro manifesto deste ano, achei ótimo o resultado. Na realidade, o que está acontecendo é a efervescência de uma indignação nossa. Na segunda-feira, o TJGO manda sobrestar o nosso processo, de equiparação do auxílio-alimentação ao do MP, dizendo não ter orçamento. Na quarta-feira eles reajustam, retroativamente, o auxílio-moradia dos magistrados. Ou seja, a questão não é a discussão do auxílio-moradia, é a retroatividade. Se não tem orçamento para reajustar o auxílio-alimentação, como é que tem para reajustar a retroatividade de um auxílio-moradia, que é bem superior ao auxílio alimentação?

Maria do Perpétuo Socorro Fernandes Melo, servidora na comarca de São Domingos

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA


Wildcard SSL Certificates