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“Queremos o que é nosso por direito”, afirmam servidores durante ato em defesa da data-base

fabio queirozEm mobilização, SINDJUSTIÇA reúne servidores para reivindicar o envio imediato do projeto de data-base à Alego

“Reposição de perdas, já! Data-base já! Esse é o nosso direito!” Estas foram frases que ecoaram pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) na tarde desta quarta-feira (23/04). Os servidores do Judiciário, mobilizados pelo Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA), mostraram sua voz para a sociedade, em especial para a diretoria do TJGO. A categoria reivindica um direito garantido por lei: a reposição de perdas salariais. Para buscar a garantia deste direito, centenas de servidores se colocaram na frente do Tribunal portando faixas com os dizeres “Data-Base Já” na mobilização organizada pelo SINDJUSTIÇA. Além do ato, vestidos com as blusas negras onde também lia-se “Data-Base Já”, servidores ingressaram no prédio do Judiciário durante a realização de sessão da Corte Especial. “Fizemos uma manifestação silenciosa direcionada à administração do Tribunal”, destacou Fábio Queiroz, presidente do sindicato.

Fábio, empossado há pouco mais de 70 dias, conversou com os servidores para explicar que o sindicato requer a data-base no valor de 5,93%, equivalente à inflação de 2013. Somado a isso, devido aos três anos de cortes, há ainda perdas na faixa de 5,04% e também cobradas pelo SINDJUSTIÇA. “Se o TJGO não resolver essa questão, pode-se chegar ao ponto de o Judiciário dever novamente 100% de reposição para nossa classe e nós não vamos deixar isso acontecer. Estamos falando de pessoas que têm família, filhos e que estão vendo, ano após ano, o seu salário diminuindo”, argumentou.

Um exemplo dessa realidade é a escrevente Socorro Melo, da comarca de São Domingos. Segundo a servidora, quando ela ingressou no Tribunal, há nove anos, o seu vencimento era equivalente a quase cinco salários mínimos. Hoje, gira em torno de três. “O nosso poder aquisitivo está sendo reduzido. Os preços da alimentação, combustível, roupas sobem e o nosso salário não. Eu vivo de aluguel, despesa que aumenta a cada ano”, revelou.

O oficial de Justiça Thiago Vilela é outro que também tem sofrido com o acúmulo de perdas. “Espero que seja efetivado o que foi estabelecido no Plano de Cargos e Salários (PCS), ou seja, que o reajuste seja, no mínimo, nos limites que amortizem o impacto da inflação”, afirmou. Para a auxiliar judiciária Dadiany Vieira Barros Gonçalves, a situação dos servidores está se agravando e ela espera que, com a mobilização, o TJGO se abra ao diálogo. “As perdas vão deixando os servidores desmotivados para o trabalho e o Tribunal deve ter consciência disso. Acima de tudo, deve prevalecer o diálogo entre ambas as partes, para que seja resolvido da melhor maneira”, argumentou.

Durante seu discurso, o presidente Fábio Queiroz lembrou que outras categorias, a exemplo dos Policiais Civis, já garantiram aumentos representativos, enquanto o prazo para a Diretoria Geral enviar o projeto do Judiciário para a Assembleia está se esgotando. “Já se passaram quase quatro meses e até hoje não houve manifestação do Tribunal em relação ao envio do projeto de data-base. Os servidores não aguentam mais esperar. O órgão tem até maio para enviar o projeto, pois, caso contrário, isso postergará ainda mais nossas perdas”, afirmou o presidente. Na tentativa de retomar o diálogo, o sindicato organizará novos atos até que o projeto de data-base seja enviado à Assembleia. “Para isso, precisamos do apoio e, cada vez mais, da força e presença dos servidores”, afirmou.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDJUSTIÇA | Ampli Comunicação

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