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Desembargadores pedem vista do processo para garantir eficiência da lei

Em sessão ordinária da Corte Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) realizada ontem (31), os desembargadores Carlos Alberto França, Floriano Gomes e Leandro Crispim solicitaram vista conjunta da minuta de resolução que regulamentará artigos do Plano de Carlos e Salários (PCS). Os desembargadores justificaram a medida apontando necessidade de maior aprofundamento da matéria antes de sua aprovação. A presidente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SINDJUSTIÇA), Rosângela Alencar, e o diretor do Departamento de Oficiais de Justiça, Divino Lopes, acompanharam a sessão de ontem. Para o presidente do TJGO, desembargador Leobino Valente Chaves, o pedido de vista “favorecerá uma discussão mais ampla (do tema), evitando inclusive a mutilação de uma lei que não foi fácil de ser elaborada.”

A apreciação da minuta só ocorreu por volta das 19 horas, já que as matérias de caráter administrativo são votadas ao final da sessão. A referida minuta de regulamentação do PCS versa sobre gratificação de incentivo funcional (GIF); progressão funcional; capacitação gerencial; concurso unificado por região; e relotação e permuta (com limitação do quantitativo mínimo e máximo), sendo este último ponto considerado o de maior complexidade. Ao apresentar a matéria para apreciação dos membros da corte, o presidente do TJGO, desembargador Leobino Valente Chaves, ressaltou que o encaminhamento da minuta de resolução da regulamentação do PCS pela presidência do órgão à Corte Especial deu-se no prazo legal estipulado pela lei, de 120 dias, a contar da sua aprovação, cumprindo assim o compromisso que firmou com a categoria.

O primeiro integrante da Corte a pedir vista da matéria foi o desembargador Carlos Alberto França, por entender necessário o aprofundamento do estudo da matéria antes de ser apresentada novamente à votação. Em sua argumentação, o desembargador relatou que também foi procurado pela presidente do SINDJUSTIÇA, que manifestou-se preocupada com regulamentação e com a garantia dos direitos dos servidores.

Ao deferir o pedido de vista apresentado pelo desembargador Carlos França, o desembargador Leobino ressaltou que, “por se tratar de um plano bastante robusto no que se refere à reestruturação do Judiciário, a regulamentação deve ser feita com a maior cautela possível”. Para o desembargador, a questão envolvendo a relotação dos servidores parece ser o ponto nevrálgico a integrar as minutas. “Então temos que ter o cuidado de verificar essa situação no momento em que elaborarmos a resolução, para que não haja nenhuma dificuldade na própria aplicação da lei”, frisou o presidente. “Quanto mais estudado o tema, mais aperfeiçoamento deve ocorrer na regulamentação”, reforçou o desembargador, para quem o pedido de vista não vai trazer qualquer dificuldade quanto ao prazo de apreciação da matéria.

O desembargador Carlos França assumiu o compromisso diante da Corte de devolver a matéria para apreciação do colegiado até a segunda sessão do mês de novembro, que será realizada no dia 28 próximo. Mas não descartou a possibilidade de fazê-la, também, na próxima sessão. Os desembargadores Leandro Crispim e Floriano Gomes acompanharam o pedido de vista conjunta. Eles também justificaram seus pedidos na necessidade de melhor estudo da matéria. Floriano Gomes destacou, inclusive, ter recebido em seu gabinete a presidente do SINDJUSTIÇA, Rosângela Alencar, que lhe apresentou a preocupação da entidade que representa a categoria dos servidores com a regulamentação do PCS sem uma discussão mais aprofundada do tema.

A presidente do SINDJUSTIÇA, Rosângela Alencar, manifestou satisfação com a medida adotada pelos integrantes da corte. Para ela, com a suspensão temporária da apreciação, a partir do pedido de vista dos desembargadores, propiciará melhor estudo do tema. “O presidente Leobino, mais uma vez, se colocou de forma transparente diante deste processo”, frisou. ouça aqui a entrevista

O servidor Gustavo Henrique, que esteve presente em toda a mobilização de greve pela aprovação do PCS, no começo do ano, acompanhou ontem o encaminhamento da matéria junto à Corte. Ele acredita que os desembargadores comprovaram preocupação em não ferir as garantias do PCS ao pedir vista do processo. ouça aqui entrevista

Rosângela ressaltou que o sindicato ainda não teve ciência do teor da minuta de resolução que foi encaminhada para apreciação da corte e que, até que a matéria seja devolvida ao colegiado, vai buscar junto aos gabinetes conhecer a íntegra da proposta de regulamentação e discuti-la com os desembargadores, a fim de que não haja prejuízo de quaisquer direitos dos servidores resguardados na lei que dispõe sobre o plano de cargos e salários da categoria.


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